Texto por: Moacir Ferreira Junior
De
acordo com dados da
Pesquisa Nacional de Amostragem de Domicílios, o PNAD, realizada
pelo IBGE, a estimativa é de que em média dez milhões de
brasileiros estejam estudando para se tornarem servidores públicos
nos próximos 12 meses.
Ser servidor público é, hoje, um sonho!
Representa a estabilidade, uma aposentadoria mais justa, a realização
de investimentos a longo prazo, entre muitas outras coisas. E é sim
tudo isso! Ser servidor público representa inúmeros benefícios. E
se você está lendo esse texto, você sabe disso! Também
compartilha desses mesmos privilégios. No entanto, essa é apenas
uma das faces de uma moeda, que nem sempre tem o outro lado tão
observado. Acredito que em meio a essa maré, digo, esse maremoto que
se tornou a busca por uma vaga no setor público, muitos de nós
tenhamos nos esquecido de algumas premissas básicas que caracterizam
essa condição.
Muitos
de nós conhecemos bem a palavra servir. Somos servidos pelos
atendentes das lanchonetes, dos restaurantes, por quem cuida da
limpeza e organização de nossas casas, pelos que nos servem nos
postos de gasolina. Somos servidos de muitas maneiras em nosso
dia-a-dia. Mas será que encaramos o serviço público como um lugar
de servir? Um lugar de entrega, de dedicação, de atendimento às
necessidades dos que nos cercam? Acredito que nem sempre temos
adotado essa postura.
Muitas
vezes, com o passar dos anos na carreira, nos esquecemos desse lado
tão importante dessa moeda: o servir. Deixamos a humildade do
“servir” em casa e rotineiramente levamos para o trabalho o
slogan “cumprir obrigações”. Deixamos de ser servidores e nos
tornamos, pleonasticamente, trabalhadores de um trabalho enfadonho.
Com
o zoom da lente mais focado em nossa realidade, na escola, temos
todos a oportunidade de servir diferentes grupos que constituem nossa
comunidade. Servimos nossos próprios colegas de profissão em
diversas funções ocupadas por eles dentro da escola. No entanto,
gostaria de enfatizar um grupo muito especial de nossa comunidade: os
estudantes. É aqui que quero relembrá-lo de que servir se torna um
privilégio ainda maior. Nosso grande privilégio consiste no fato de
que, por meio de nossos serviços, não estamos apenas contribuindo
para o bom andamento da rotina de trabalho. Aqui estamos construindo
vidas. Somos os engenheiros, os arquitetos e os mestres da obra que
resultará na formação de cidadãos capazes de influenciar o
futuro. Nosso legado de serviço é a base para alicerçar vidas. É
muitas vezes a sua palavra (e a de mais ninguém) que vai mudar a
vida de uma pessoa. Talvez ali, naquele momento, ninguém tenha a
oportunidade de acolher como você tem. Talvez ninguém esteja perto
naquele momento crucial para servir, mas você esteja. Talvez esse
privilégio seja somente nosso. E aí descobrimos que, além de
nossos honorários, recebemos uma paga ainda maior: a gratidão de
quem passa por nós e nos vê como pilares de sua fundação. Não
consigo ver maior razão pela qual deva parabenizá-lo nesse dia! A
você, que serve, servidor, construtor de pontes para o futuro; a
você, que pode estender a mão para servir de uma maneira tão
preciosa, parabéns!
Nos dias 18, 19 e 20 de novembro de 2013, a equipe gestora, coordenação, alunas e alunos do CEd. 104 - Recanto das Emas organizaram a sua II Mostra de Cultura Afro-brasileira. O evento contou, nos dias 18 e 19, com oficinas de artesanato (confecção da tradicional bonequinha negra de retalhos: abayomi), de grafite, um quiz sobre cultura afro-brasileira e Lei 10.639/03. Também houve uma interessante exposição de painéis acerca da genética negra e suas peculiaridades, orientados pela professora Alessandra Martino. 
